Banoffee de xícara

Banoffee – uma versão rapidinha de xícara da torta que é a segunda coisa inglesa que eu mais amo (a primeira é a Beth ❤) . Basicamente ela é: base de biscoito, ganache de chocolate, doce de leite, banana, chantilly e cacau em pó. É uma combinação linda que faz você gritar God save the queen na hora, uhl! Pra fazer certinho:

A base: biscoito de maizena triturado, junte manteiga derretida (a proporção em média é para cada 100g de biscoito, 40 de manteiga), misture até dar liga e leve ao forno pré-aquecido à 180 graus até quase dourar, (asse soltinha mesmo, pra manter uma farofa).

Ganache de chocolate. Derreta chocolate no microondas e coloque creme de leite. Misture até ficar homogêneo. Proporção: para cada 100g de chocolate, 50g de creme de leite.

Eu misturo o doce de leite com um pouco de creme de leite pra quebrar o doce, mas isso é opcional.

Daí é só montar: base de biscoito, ganache de chocolate, doce de leite, banana, chantilly e cacau em pó por cima. Mas que gracinha.

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Chocolate quente cremoso

Chocolate quente cremoso – clichê atemporal lindão que faz o tempo frio ter um porque. Facinho e realmente presta (nossa presta muito). É assim: Misture 150ml de leite, 150g de creme de leite e 150g de chocolate (qual quiser). Se quiser coloque algum perfume bonito (sempre coloco baunilha ou cardamomo em pó, meia colher de chá, também pode canela). Leve ao fogo médio, mexendo sempre. Quando estiver tudo incorporado e levantar fervura está bom. Se quiser mais grosso deixe reduzir de 1 à 2 min (não mais se não fica grosso demais socorro). Se quiser menos grosso coloque mais 50ml mais de leite na receita. Se quiser com toque de café substitua 40ml do leite por café. Simples e faz a gente tão feliz, dá vontade de beijar essa receita.

Biscoito assado de polvilho!

Receita simples, significativa e linda com nosso sagrado polvilho (que deriva da nossa sagrada mandioca). Qual foi a última vez que você tomou um café da tarde demorado numa mesa gostosa com alguém que valha a pena você gastar seu tempo? Esse biscoito costuma ajudar nisso. É a desculpa que minha família usa há anos pra se reunir e se conectar nas tardes dessa vida breve e tão boa.

No meu Instagram @rodrigo.vilasboas tem um vídeo detalhado onde ensino o passo a passo completo da receita, lá não tem erro. Clique aqui e confira.

Ingredientes:

  • 225 ml de leite
  • 100 ml de óleo
  • 2 colheres de chá de sal
  • 260g de polvilho azedo ou doce
  • 1 ovo
  • 80g de queijo minas ralado
  • 3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
  • Alceu Valença tocando de fundo
  • Vontade de gastar tempo produzindo marcas boas

Modo de preparo:

Em uma caneca ou panela (que possa ir na boca do fogão) coloque o leite, o óleo e o sal, misture e leve ao fogo, quando levantar fervura desligue.

Em uma tigela coloque o polvilho e coloque a misture de leite fervido, misture inicialmente com uma colher (estará muito quente). Acrescente o ovo e misture com as mãos. Você precisa de uma massa lisa e de fácil manuseio que seja possível enrolar – a quantidade de polvilho é relativa, depende da qualidade dele e da umidade do dia, coloque mais polvilho se precisar para atingir a textura ideal (no video no IGTV (link acima) tem o ponto certinho da massa).

Acrescente então os queijos e incorpore bem. Faça rolinhos no formato meia lua, coloque em uma fôrma e leve para assar em forno pré-aquecido à 180 graus até dourar. Prontinho! Tenha um café da tarde afetivo e seja feliz!

Cinema e Gastronomia. Filme: Os Sabores do Palácio. 

Enxergar o Palácio de Eliseu (lugar mais poderoso da França) através de uma cozinha simples. Esse contraste que o filme “Os Sabores do Palácio” apresenta nos faz pensar sobre nosso apego pelo complexo e desprezo pelo simples e original (que evoca origem, essência) . O filme fala disso quando o homem mais poderoso da França, que pode comer o que quiser, decide comer comida caseira – aquela singela, mas com uma carga afetiva que alimenta muitas fomes na gente.

Os filmes franceses tem uma delicadeza e intensidade silenciosa que pra mim são um tiro na alma, na nossa sensibilidade mais profunda, crua e real. Um filme francês sobre gastronomia então, pra mim é tudo isso vezes 3 – é um escandâlo de significativo. “Os Sabores do Palácio” toca muitos elementos importantes: A alta gastronomia complexa em seu contraste – e na verdade, encontro – com a gastronomia simples, caseira, clara, próxima da nossa natureza familiar. O filme também fala de caminhos que escolhemos e deixamos de escolher, de um trajeto profissional e emocional, de receitas, de machismo, de identidade, verdade e amor.

Hortense Laborie, uma respeitada e simples cozinheira recebe uma proposta que muda sua vida: cozinhar para o presidente da França. Através dos desafios que vem com seu novo emprego, ela nos conduz pela sua história de fibra, arte, convicção e encanto e nos faz dançar a música que sempre é possível escutar na cozinha: aquela melodia que conta histórias importantes e sempre revela marcas afetivas, culturais, familiares e históricas. Hortense nos lembra que a cozinha é um lugar de fazer pessoas se sentiram abraçadas, se sentirem parte de uma história e de um lugar no mundo.

Até a data desse post o filme está disponível na Netflix. Corre pra ver antes que saia do catálogo! Vale muito a pena.

Dados técnicos:

  • Os Sabores do Palácio (Les saveurs du palais), 2012, França. Direção: Christian Vincent.