Tomaticán – caldo de tomates, queijo e pão.

Tomaticán – um caldo profundo, lindo e bom de tomates com migalhas de pão e queijo. Aprendi a fazer no projeto onde cozinhei todas as receitas do livro “Todas as sextas”, da Paola Carosella – Clique aqui e veja tudo sobre isso. Desde então esse prato é o destino mais bonito que consigo pensar para tomates bem maduros, trabalhados pelo tempo. Depois de fazer muitas vezes, acabou que hoje faço de um modo um pouco diferente da receita original. É basicamente assim:

Aqueço uma panela e coloco azeite, junto cebola picada e refogo ela só um instante e junto alho (fresco cortado em lâminas), deixo refogar – mas sem dourar (se doura muda o sabor e esses detalhes importam). Junto então os tomates, picados, e tempero com: sal, pimenta (preta, caiena, ou dedo de moça), páprica doce e defumada (muita, uma orgia de pápricas) e cominho em pó. Cozinho na panela tampada até o tomate se desfazer e virar um purê com pedaços. Ajusto com água se precisar pra que seja de fato um caldo e junto migalhas de pão amanhecido. Deixo tudo cozinhar uns minutos para que o pão seja parte do caldo e desligo a panela, então coloco pedaços de algum queijo fresco (pode ser mozzarella de búfala, também fica ótimo com queijo minas). Finalizo com coentro ou manjericão fresco, e fios de algum azeite bem perfumado.

É isso. Parece pouco mas é tanto, mais do que a gente imagina. Eu e o @wallitostes decidimos que esse prato é a coisa feita de tomates que mais nos emociona. Ficamos muito felizes quando a noite é feita de Tomaticán.

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Ostara, Easter, Páscoa – Porque coelhos e ovos de chocolate? Confira origem da tradição e ainda seleção de 12 receitas sensacionais para sua páscoa!

Ostara

Imagem: Site Santuário Lunar

Ostara, Easter, Páscoa. O termo “Páscoa”, vem de “Ostara”, deusa escandinava da primavera – estação do ano que no hemisfério norte se inicia próxima à celebração da Páscoa. Antes mesmo do cristianismo, o dia de Ostara era a celebração do primeiro dia de primavera, do fim do inverno e retorno do sol, do florescimento e renascimento da natureza – o cristianismo uniu essa simbologia de “renascimento da natureza” a ressurreição de Jesus, fato hoje que universalmente simboliza a páscoa. Na antiguidade, o povo anglo-saxão pintava ovos e os oferecia a Ostara, sendo que o ovo sempre simbolizou vida, nascimento, assim como o coelho também era relacionado a Ostara, simbolizando fertilidade e fecundidade na natureza. Daí vem a origem dos ovos e do coelho da páscoa, que eram muito antes os “ovos e coelhos de Ostara”. O tempo transformou os ovos de Ostara em ovos de chocolate, criando uma intima relação desse ingrediente com toda a simbologia que envolve a Páscoa, os ovos, o coelho, a primavera e o renascimento. Por isso Páscoa tem tom de chocolate (do qual os ovos de Ostara deliciosamente acabaram sendo feitos) – a gastronomia tem sempre símbolos e marcas que contam a história da humanidade. Isso é sempre emocionante.

Para celebrar toda a simbologia da Páscoa com, claro, chocolate, fiz uma seleção de nossas melhores receitas que envolvem chocolate! Chocolate também é renascimento, é símbolo, e é maravilhoso… Veja abaixo a seleção com todo amor do mundo:

Para acessar as receitas basta clicar no link!

Receita de Ovo de Páscoa de Colher sabor Oreo

Receita de Ovo de Páscoa de Colher Trufado de Laranja

Receita de Ovo de Páscoa de Colher de Brigadeiro Gourmet

Receita de Gâteau au Chocolat (Bolo de chocolate cremoso sem farinha)

Receita de biscoitos de manteiga de amendoim com recheio de chocolate

Receita da tradicional Mousse de Chocolate Francesa

Receita de Reine de Saba – O bolo de chocolate com amêndoas da Julia Child!

Bolo Lava de Chocolate (Moelleux au Chocolat)

Receita de tortinhas de chocolate com farofa crocante de caramelo

Receita de Cookies Double Chocolate

Receita de mousse de chocolate com cachaça e crocante de chocolate branco

Receita de Bolo Double Chocolate com Azeite de Oliva

Ostara winter

Ostara – Lavando o adormecimento da terra durante o inverno e trazendo o florescimento e renascimento da natureza.

Como fazer omelete de claras!

Muitas receitas pedem para você usar gemas e descartar claras. É uma falta de vergonha na cara e de criatividade você jogar as claras no ralo da pia! Respeitar a natureza e o ingrediente está intimamente conectado a não desperdiçar, a usar o todo do que a natureza construiu e te ofereceu. Eu sou tarado por confeitaria francesa, e essa é campeã em usar gema e dar tchau para claras! Pois toda vez que isso acontece eu invento algo com as claras, que podem ser usadas para muitas coisas – macarons, suspiros, e zás! Eu AMO omelete de claras, ficam tão fofas e leves, e amo mais ainda comer ela com um bom molho béchamel ou molho mornay – torna a omelete um prato que abraça a gente de tanto aconchego! Chega aqui no blog e confira a receita de uma boa e simples omelete de claras!

Ingredientes:

  • Claras (o tanto que você tiver e quiser)
  • Creme de leite – 1 colher de sobremesa para cada 1 clara.
  • Sal à gosto
  • Pimenta-do-reino preta à gosto
  • Salsinha fresca picada ou talos/folhas de salsão picados à gosto
  • Alho-poró picado à gosto (gosto de usar a parte verde nessa receita)
  • Manteiga para fritar

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes (exceto a manteiga) e bata para misturar bem (pode ser com um garfo mesmo ou fouet). Adeque o sal e temperos de acordo com a quantidade de claras que usar – deve existir uma coerência. Aqueça uma frigideira (antiaderente) e coloque a manteiga o suficiente para untar toda ela. Após isso coloque a mistura de claras na frigideira, deixe fritar por cerca de 1/2 minutos e depois vire. Deixe então fritar mais 1 minuto e meio do outro lado (ou menos, veja o ponto que prefere).

E tá pronto, gente! Essa é a base! Eu gosto de comer sempre acompanhada de algum molho aconchegante ou com ricota dentro. Daí coloco uma generosa quantidade de molho no meio, fecho, as vezes coloco um pouco de parmesão por cima e sirvo! Vou sugerir 2 molhos para rechear:

Molho Béchamel – Clique aqui e confira receita

Molho Mornay – Clique aqui e confira receita

Bon appétit!

 

Ovos de galinhas de vida digna. Qual impacto da sua escolha de ingredientes?

Galinhas de vida digna. Paola Carosella usa muito esse termo em seu livro “Todas as sextas”, nos convidando à refletir sobre a nossa escolha de ingredientes. Quanto mais penso sobre esse termo, mais o acho lindo, mais ele me emociona. Galinhas de vida digna são aquelas criadas soltas, em lugares bons, que tenham a chance de ter adequados ciclos de descanso,  de alimentação, que possam dormir no escuro e ter a melhor vida que puderem. Muito diferente da triste vida de galinhas comerciais, que vivem em gaiolas, sem paz, sem descanso adequado, que muitas vezes são torturadas, levando uma vida sem dignidade e respeito. Infelizmente, a maioria das galinhas do mundo tem uma vida muito triste, mesmo sendo um bicho tão generoso, que nos fornece tanto – já parou pra pensar o tanto de pratos e preparos que levam ovos? Estão na base de qualquer cultura gastronômica! Os ovos são tão importantes para gente, e nós, como agradecemos as galinhas? Enquanto elas nos dão tanto, lhes damos de volta abusos, desequilíbrios e vidas muito tristes.

Devemos muitas desculpas às galinhas, e às tantas outras espécies que escravizamos – que não são só galinhas. Por interesses gastronômicos e econômicos ainda escravizamos seres da nossa própria espécie – você já estudou de onde vem o cacau das marcas de chocolate que você consome? A história de muitas crianças escravizadas na África fazem parte dele, por exemplo. Comer é maravilhoso, o sabor do mundo é, mas infelizmente há muito sofrimento no meio desse prazer. Não precisava ser assim. A natureza é perfeita, brilhante e generosa, mas nós não somos nem um pouco isso em troca com ela. Recebemos tanto, mas estamos tão acostumados a extrair, abusar, desequilibrar. Por isso falo tanto de gratidão, por isso gratidão é tão importante, ela nos move a pensar sobre escolher melhor, respeitar,  ser generoso, mudar – o que é uma dura tarefa. Mas existe um caminho. Precisamos pensar, com lucidez e gratidão, sobre as galinhas, sobre nós, sobre de onde vem as coisas e quais histórias ajudamos a manter e construir.

Os ovos na prateleira dos mercados, as carnes, as plantas, os chocolates – tudo vem de um lugar e tem uma história para chegar até nós. Quantos animais vivem (e morrem) para que tenhamos todos esses alimentos? Não dá pra contar. Li recentemente um artigo sobre a vida de galinhas comerciais, li mais algumas coisas, assisti alguns documentários de pessoas sérias e preocupadas. Pensei na importância de termos consciência da origem dos ingredientes, para assim termos condições e elementos para refletir, nos emocionar e escolher melhor o que comemos. Que história ajudamos a manter com nossa escolha? Que história queremos “comer” e ser parte? Sônia T. Felipe, escreve um interessante artigo intitulado “O sono das galinhas”, nele ela se apega a esse aspecto de suas vidas para descrever a crueldade da criação comercial de galinhas. Segundo Sônia, as galinhas que podem viver livres e seguir seus ciclos naturais costumam passar 10 ou 12 horas por dia dormindo no escuro, no silêncio, descansando sua hipófise dos estímulos produzidos pelos raios solares e produzindo hormônios que descansem seu organismo. Já na cruel realidade do confinamento industrial, as galinhas são apenas máquinas de produção. A  luz desses ambientes é mantida acesa 22 horas por dia – o que promove uma sobrecarga de ovulação (para produzirem mais ovos) – o que também é estimulado com intensidade pelas rações alteradas, alimento bem diferente do que elas escolheriam se fossem livres. Comem e vivem como máquinas, abastecidas para ovular, e ponto. Vivem empilhadas, sem espaço, sem sono, sem escuro, sem alimentação natural, sem silêncio, respiram um ar alterado que promove uma série de desequilíbrios em sua saúde. Em um ambiente tão desesperador elas acabam atingindo um nível estressor tão grande que se tornam canibais – daí, para evitar perdas, eles cortam e queimam seus bicos, sem anestesia e de maneira precária, causando dores que podem se estender por muito tempo. Muitas dores juntas. Uma vida triste e cruel que dura cerca de 4 anos, quando estão “gastas”, é hora de serem degoladas.

Pense em como é ficar apenas uma noite sem um descanso adequado, um dia sem um momento de tranquilidade ou alimentação boa. Pense em uma vida inteira assim. Bom, não dá nem pra pensar, não é? O “sono das galinhas” – a inexistência do sono, um direito e necessidade natural – é apenas uma das dignidades vetada a essa espécie que escravizamos, pois há diversas outras torturas que elas são expostas para chegar de diversas formas e ofertas às prateleiras dos supermercados.

As galinhas e de onde vem os ovos são apenas um exemplo, porque se fossemos falar em detalhes de toda escravidão que nós humanos submetemos tantas espécies – inclusive a nossa – seriam muitas, muitas páginas. Tristes páginas. Por vida digna, entende-se animais que possam viver livres seus ciclos naturais, ter paz – mesmo sendo de alguma forma servidores de nossos prazeres. É muito mais digno e respeitoso consumir o ovo da galinha enquanto oferecemos à ela ao menos uma vida boa, a melhor que possa ter. Há uma maneira mais digna de consumir produtos de origem animal, uma maneira equilibrada que respeite o todo, uma maneira mais ética (temos uma luz crescente hoje que é a produção orgânica de alimentos). Comer um animal (ou um derivado dele) de vida digna é diferente de comer um animal de vida triste, que não teve o melhor possível enquanto vivo. Aliás, animais esses que temos chamado de “proteínas” – odeio esse termo que desnaturaliza uma vida – são bichos! Esse termo talvez sirva para alimentar aquela alienação confortável, que nos mantém longe da ideia de que a carne vem de uma morte, de um bicho vivo, muitas vezes de um bicho triste de um sistema cruel – gostamos de nos esconder da verdade inconveniente. Se é proteína, e não um bichinho morto, tudo bem ir pra minha panela. Quer comer, coma encarando o que é de verdade. Coragem e coerência.

Há muitos trabalhos lúcidos ainda hoje que dignificam os animais que nos servem. Muitos cozinheiros e produtores tem semeado discursos e regras muito generosas. No sul dos Estados Unidos, churrasqueiros tradicionais mantém uma tradição de criar animais livres, com dignidade, lhes oferecendo a melhor vida possível e respeitando todo seu ciclo, inclusive no momento do abate, onde a morte do animal é quase um ritual muito sério feito com muito respeito. Os churrasqueiros mantém uma relação de conexão íntima com o animal em todo processo. É comum ainda o hábito de ao colocar um porco inteiro para ser assado eles darem “uns tapinhas” na traseira do animal, em um momento solene de silêncio que simboliza gratidão por ele se tornar um alimento para os homens. Em muitos lugares do mundo, muitos cozinheiros tem falado da importância também do modo como o animal é preparado, da forma mais impecável possível para que a carne fique excepcional e honre a vida do animal. Seguindo essa filosofia, desperdiçar  ou errar um prato tem sido um crime em algumas cozinhas.

Eu consumo carne, não me vejo por hora em via de adotar um estilo de vida vegetariano ou vegano – apesar de estar comendo cada vez mais alimentos de origem vegetal. Mas há muitas formas de respeitar a natureza e o animal,  mesmo o consumindo. Isso depende das aspirações, estilo de vida, opinião pessoal e escolhas de cada um. O que sei é que é diferente comer um animal de vida triste e comer um de vida digna, que foi respeitado e teve a melhor vida que pode ter antes de ser abatido. E outra coisa: os excessos. Você não precisa comer carne todo dia, não mesmo. O excesso de consumo é um dos maiores produtores da crueldade. Se a demanda diminui, menos crueldade será necessária para produzir em abundância um elemento de origem animal. O excesso de consumo cria necessidades comerciais que quebram ciclos naturais, pois o tempo da natureza é lento para a velocidade do nosso desejo de consumo. Você pode comer muitas plantas (que uma natureza tão generosa também oferece) e não ter animais no seu prato todo dia. Criatividade, inovação e quebra de costumes, difícil, mas lindo e revolucionário. Acho que o equilíbrio é um grande segredo. Nossa escolha de alimento é o que gera a demanda de produção industrial –  começa na gente, nas escolhas do dia a dia na prateleira do supermercado.

Bom, meus caros, é dessa história toda (e mais algumas outras) que vem nossos ovos. Não falei aqui sobre os danos à nossa saúde que esse processo de criação industrial traz – acreditem, ainda tem isso. Mas é papo para outro momento. Sobre as galinhas, sinto uma vergonha em pensar que eu também sou parte dessa tortura para com elas. Talvez eu não queira mais ser, terei que ter um grande trabalho emocional, cultural e habitual. Mas vale a pena. Tem algo que pode ser feito – essa vergonha pode ser o inicio de um impulso a mudança. Eu posso começar, por exemplo, escolhendo ovos de galinhas de vida digna, indo atrás de outras possibilidades. É um começo. Outro dia um primo querido, muito lúcido e inspirador sobre esse tema, escreveu algo que me emocionou – ele usou um termo: célula revolucionária. Uma célula é algo pequeno diante de um organismo inteiro. Mas transformações importantes que dominam algo maior começam em células. Tentemos ser células revolucionárias, então.

Vivemos em um mundo incrível, generoso e que nos oferta muito. Mas ele está muito gasto, nós estamos, nossa relação com a natureza está completamente bizarra e gasta. Todo mundo sabe disso. Nem todo mundo. Talvez por isso valha a pena escrever o que estou escrevendo, se uma pessoa ler isso já terá valido a pena. Se uma pessoa pensar em escolher ovos de galinhas de vida digna já terá valido a pena. A consciência de algo é o primeiro passo da possibilidade de transformação desse algo. Esqueçam as fontes de proteínas, pensem nos bichos. Lembrem das galinhas ao escolher os ovos, lembrem das crianças escravizadas na África ao escolher os chocolates. Há uma sensação maravilhosa que nos invade quando temos um ato de harmonia e respeito com o mundo – porque nós também somos o mundo. Eu quero sentir isso muitas, muitas outras vezes. Por mais que haja ainda em mim tantos hábitos de consumo que venham de alguma escravidão e crueldade, eu quero começar por algum lugar. É assim que é possível, real. Tem um caminho, um sentido. Vivo falando do quanto encontramos coisas muito importantes no ato de cozinhar – a cozinha nos conecta à tanta história, emoção, ética, origem, cultura e relação, é uma excelente porta para começarmos a repensar algumas escolhas de consumo, algumas posturas éticas que temos deixado de lado há muito tempo. A consciência é o maior ato de liberdade. Saiba do que você faz parte, reescolha.

Referências bibliográficas: Felipe, T. Sônia – O sono das galinhas, publicado no site da Agência de Notícias de Direitos Animais, 2011.

Carosella, Paola. Todas as Sextas/ textos Paola Carosella; fotografias Jason Lowe – São Paulo: Editora Melhoramentos, 2016.

Ovo poché com molho de vinho tinto (Oeufs en meurette) e Risoto Funghi – Veja como fazer!

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Ovo poché com molho de vinho tinto (Oeufs en meurette) sob uma torrada, com risoto funghi. O risoto talvez fosse dispensável nesse prato, mas meu desejo era esses aromas todos juntos. Nossos  desejos às vezes não são catalogados ou conhecidos, são estranhamente não compreendidos ou aceitos, ao mesmo passo que são lindos e autênticos. A cozinha expressa a possibilidade de realizar-se, de simbolicamente dizer em um prato o que queremos dizer em um mundo. Nos links abaixo você encontra a receita completa desse menu, em sua intuição você encontra o caminho para seus desejos autênticos, próprios.

Clique aqui e veja como fazer o perfeito Ovo Poché!

Clique aqui e veja como fazer o molho de vinho tinto!

Clique aqui e veja como fazer o Risoto de Funghi!

Como fazer Ovo Poché!

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Cortar um Ovo Poché e ver o mostrar-se da gema é uma emoção muito parecida com quebrar a casquinha do Crème Brûlée. Sentir seu sabor, tão delicado, lembrando quase um queijo, é uma experiência quase religiosa, meio transcedental. E para ir aos céus com tudo isso, você precisa só de um ovo fresco, água, sal e vinagre. Existem momentos importantes do preparo que garantem a perfeição, eu sempre segui isso e nunca errei um Ovo Poché! Veja abaixo o passo a passo!

Ingredientes:

  • 1 Ovo
  • Vinagre branco (aproximadamente 2 colhares de sopa)
  • Sal

Modo preparo:

Ferva água em uma panela pequena, com certa profundidade (o suficiente para a altura da água atingir uns 4 dedos de profundidade). É legal uma panela pequena e mais fundinha, pois isso te ajuda a fazer o redemoinho de água mais forte (quanto mais rasa e larga a panela, mais difícil é fazer um redemoinho forte que segure bem o ovo quando você colocar ele). Quando a água esquentar acrescente o vinagre e um pouco de sal e então espere ferver. Enquanto isso quebre o ovo com cuidado para não desfazer, e o coloque em uma concha (estando em uma concha fica mais fácil de você colocar na panela do jeito certo). Então quando a água estiver fervendo comece a fazer movimentos circulares nela com uma colher, criando um redemoinho forte no centro – eis o momento mais importante do preparo de um Ovo Poché perfeito: Colocar o ovo!

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Note o redemoinho de água no centro.

Depois de fazer os movimentos circulares e ter um redemoinho no centro acrescente o ovo EXATAMENTE no centro do redemoinho – é muito importante que caia no centro.

Quando cai na água da a sensaçãp de ter se espatifado. Mas fique tranquilo, se caiu bem no centro do redemoinho dará tudo certo! Ele roda um pouco assim que cai, acompanhando o rodar do redemoinho.

Quando cai na água da a sensaçãp de ter se espatifado. Mas fique tranquilo, se caiu bem no centro do redemoinho dará tudo certo! Ele roda um pouco assim que cai, acompanhando o rodar do redemoinho.

Então feche a panela e desligue o fogo. Se quiser uma gema mais para mole deixe 5 minutos desse modo (eu prefiro nesse ponto), se quiser mais dura deixe 7 minutos. Depois é só retirar o ovo com uma escumadeira, delicadamente, e morrer de amor pela delicadeza e sabor! Ficam perfeitos servidos com torradas douradas com manteiga! Aproveite esse clássico europeu e seja feliz!

O ovo inteiro antes de cortar.

O ovo inteiro antes de cortar – Servido com torradas e um creme balsâmico de laranja e mel.

Como fazer “Oeufs en cocotte” (Ovos na tigelinha) – Bem aconchegante e francês!

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Ovos são presenças ilustres em muitos pratos da cozinha francesa, presentes de vários modos em tanta coisa… Depois de me aventurar na culinária francesa passei a ter um olhar mais admirador e respeitoso para ovos! São tantas aplicações e possibilidades que chega a ser quase mágico! Ovos são uma verdadeira joia! Sem exageros, gente! (Ou com exageros sinceros!) ♥

Essa é mais uma receita francesa, que caí muito bem servida como entrada ou como prato principal acompanhado de um pãozinho. Ela é uma gracinha, e simples!

Ingredientes:

  • 1 receita de molho mornay (O molho mornay você obtém misturando de 50g à 100g de queijo gruyère ou parmesão ralado e uma pitada de cravo em pó (o cravo é opcional) à uma receita de molho bechamel – acrescente o queijo durante o preparo do bechamel, 1 minuto antes de desligar a panela – Clique aqui para ver como fazer uma receita de molho bechamel)
  • 4 Ovos
  • Sal, Pimenta-do-reino e noz-moscada à gosto
  • Alho-poró cortado em rodelas (opcional)
  • Um pouco de queijo parmesão ou gruyère ralado para finalizar.

Modo de preparo:

Tudo é tão simples que chegar a parecer besta. Mas é lindo, delicioso e sofisticado! Comece pré-aquecendo seu forno à 180 graus. Pegue 4 ramequins (ou qualquer tigelinha que possa ir ao forno – até mesmo xícaras de chá) e coloque em cada um deles uma colher de sopa bem cheia do molho mornay, em seguida coloque algumas rodelas de alho-poró. Então coloque um ovo inteiro por cima, coloque um pouco de sal, pimenta-do-reino e noz-moscada. Coloque então outra colher de molho mornay por cima, e espalhe um pouquinho de queijo parmesão ou gruyère ralado.

Coloque os ramequins em banho-maria em uma forma (com a água já morna), coloque água até cobrir metade da altura dos ramequins. Leve ao forno por cerca de 20 minutos, porém vá verificando o ponto das gemas, para que elas fiquem ao seu gosto.

Depois que tirar do forno, decore com umas rodelinhas de alho-poró, cebolinha ou a erva fresca perfumada que tiver. E prontinho! Aproveite!

Bon appétit!

Obs: Esse é um jeito que gosto bastante de fazer, mas há varias formas. Você pode fazer a base (primeira camada do fundo) com o que quiser – cebola refogada na manteiga, cogumelos refogados, purê, etc – colocar o ovo e ao invés do molho mornay usar creme de leite puro na última camada, salpicando noz-moscada, sal e pimenta para temperar e finalizando com queijo. A ideia é ter um ovo cozido no forno em banho maria numa mistura cremosa. Use sua criatividade (e o que tem em sua geladeira).