Ostara, Easter, Páscoa – Porque coelhos e ovos de chocolate? Confira origem da tradição e ainda seleção de 12 receitas sensacionais para sua páscoa!

Ostara

Imagem: Site Santuário Lunar

Ostara, Easter, Páscoa. O termo “Páscoa”, vem de “Ostara”, deusa escandinava da primavera – estação do ano que no hemisfério norte se inicia próxima à celebração da Páscoa. Antes mesmo do cristianismo, o dia de Ostara era a celebração do primeiro dia de primavera, do fim do inverno e retorno do sol, do florescimento e renascimento da natureza – o cristianismo uniu essa simbologia de “renascimento da natureza” a ressurreição de Jesus, fato hoje que universalmente simboliza a páscoa. Na antiguidade, o povo anglo-saxão pintava ovos e os oferecia a Ostara, sendo que o ovo sempre simbolizou vida, nascimento, assim como o coelho também era relacionado a Ostara, simbolizando fertilidade e fecundidade na natureza. Daí vem a origem dos ovos e do coelho da páscoa, que eram muito antes os “ovos e coelhos de Ostara”. O tempo transformou os ovos de Ostara em ovos de chocolate, criando uma intima relação desse ingrediente com toda a simbologia que envolve a Páscoa, os ovos, o coelho, a primavera e o renascimento. Por isso Páscoa tem tom de chocolate (do qual os ovos de Ostara deliciosamente acabaram sendo feitos) – a gastronomia tem sempre símbolos e marcas que contam a história da humanidade. Isso é sempre emocionante.

Para celebrar toda a simbologia da Páscoa com, claro, chocolate, fiz uma seleção de nossas melhores receitas que envolvem chocolate! Chocolate também é renascimento, é símbolo, e é maravilhoso… Veja abaixo a seleção com todo amor do mundo:

Para acessar as receitas basta clicar no link!

Receita de Ovo de Páscoa de Colher sabor Oreo

Receita de Ovo de Páscoa de Colher Trufado de Laranja

Receita de Ovo de Páscoa de Colher de Brigadeiro Gourmet

Receita de Gâteau au Chocolat (Bolo de chocolate cremoso sem farinha)

Receita de biscoitos de manteiga de amendoim com recheio de chocolate

Receita da tradicional Mousse de Chocolate Francesa

Receita de Reine de Saba – O bolo de chocolate com amêndoas da Julia Child!

Bolo Lava de Chocolate (Moelleux au Chocolat)

Receita de tortinhas de chocolate com farofa crocante de caramelo

Receita de Cookies Double Chocolate

Receita de mousse de chocolate com cachaça e crocante de chocolate branco

Receita de Bolo Double Chocolate com Azeite de Oliva

Ostara winter

Ostara – Lavando o adormecimento da terra durante o inverno e trazendo o florescimento e renascimento da natureza.

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Como fazer omelete de claras!

Muitas receitas pedem para você usar gemas e descartar claras. É uma falta de vergonha na cara e de criatividade você jogar as claras no ralo da pia! Respeitar a natureza e o ingrediente está intimamente conectado a não desperdiçar, a usar o todo do que a natureza construiu e te ofereceu. Eu sou tarado por confeitaria francesa, e essa é campeã em usar gema e dar tchau para claras! Pois toda vez que isso acontece eu invento algo com as claras, que podem ser usadas para muitas coisas – macarons, suspiros, e zás! Eu AMO omelete de claras, ficam tão fofas e leves, e amo mais ainda comer ela com um bom molho béchamel ou molho mornay – torna a omelete um prato que abraça a gente de tanto aconchego! Chega aqui no blog e confira a receita de uma boa e simples omelete de claras!

Ingredientes:

  • Claras (o tanto que você tiver e quiser)
  • Creme de leite – 1 colher de sobremesa para cada 1 clara.
  • Sal à gosto
  • Pimenta-do-reino preta à gosto
  • Salsinha fresca picada ou talos/folhas de salsão picados à gosto
  • Alho-poró picado à gosto (gosto de usar a parte verde nessa receita)
  • Manteiga para fritar

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes (exceto a manteiga) e bata para misturar bem (pode ser com um garfo mesmo ou fouet). Adeque o sal e temperos de acordo com a quantidade de claras que usar – deve existir uma coerência. Aqueça uma frigideira (antiaderente) e coloque a manteiga o suficiente para untar toda ela. Após isso coloque a mistura de claras na frigideira, deixe fritar por cerca de 1/2 minutos e depois vire. Deixe então fritar mais 1 minuto e meio do outro lado (ou menos, veja o ponto que prefere).

E tá pronto, gente! Essa é a base! Eu gosto de comer sempre acompanhada de algum molho aconchegante ou com ricota dentro. Daí coloco uma generosa quantidade de molho no meio, fecho, as vezes coloco um pouco de parmesão por cima e sirvo! Vou sugerir 2 molhos para rechear:

Molho Béchamel – Clique aqui e confira receita

Molho Mornay – Clique aqui e confira receita

Bon appétit!

 

Gratidão de todas as sextas. Cozinhando as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de Paola Carosella. Receita 21/94: Cremoso de chocolate com migalhas de cacau e creme inglês.

Sexta-feira, dia do projeto “Gratidão de todas as sextas” – Cozinhar todas as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de @paolacarosella (Esse projeto tem um porque, clique aqui e leia o post que publiquei dia 11/11/16, explico lá tudo com todo meu coração). Receita 21/94: Cremoso de chocolate com migalhas de cacau e creme inglês. Acho que estou descobrindo lentamente porque creme inglês é tão importante. Ele muda as coisas de um jeito generoso – neutraliza algo para melhor experimentarmos a essência genuína do doce que acompanha. Ele é gentil,  fornece espaço para outro brilhar. Alguns doces não seriam tão bons sem ele. Deviamos aprender algo com o creme inglês – tanto com sua generosidade (que da espaço para outros brilharem, sem cobrar nada) quanto com sua capacidade de proporcionar um estado neutro, que tira excessos e com leveza nos faz melhor compreender a verdade de uma coisa. Não sei se está tão claro tudo isso, porque estou falando de uma experiência sensorial com esse prato que me emociona e me lança em algo além. Quando o prato acabar uma coisa bem bonita vai ficar. O cremoso ficou incrível, a farofa de avelãs e cacau também, a fruta suculenta estava plena. Mas o creme inglês fez todo esse conjunto ficar emocionante. Paola me deu uma receita de emoção hoje. Um prato simboliza nossa posição na vida. Estou emocionado e feliz, e queria agradecer. Isso está muito gostoso.

Receita de molho de cogumelos com vinho branco!

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Molho simples com combinações exatas.Compreender o ingrediente e saber o melhor do seu uso é respeitar o incrível da natureza e criar a melhor experiência de sabor (de sentidos) possível. Esse molho banha uma massa com força e tranquilidade, plenitude. Banha uma carne como um abraço gentil, que torna comê-la uma experiência afetiva e querida. Também pode ser base para dar fundo, sabor, genialidade e carinho à muitos pratos. É um presente poder fazer e comer isso. Receita completa abaixo, dividida com alma, com carinho.

Shitake com amor.

Shitake com amor.

Ingredientes (para uma quantidade que renda aproximadamente 2 porções  – que cobririam, por exemplo, 2 pratos de alguma massa):

  • Aproximadamente 100 g de cogumelos frescos (Eu usei shitake, shimeji também fica ótimo).
  • 1 colher de sopa de manteiga (Nem pensar em substituir por margarina, clique aqui e saiba o porque)
  • 1/2  xícara de chá de vinho branco
  • 1/2 xícara de chá de água filtrada
  • 2 colheres de sopa de shoyu
  • 1 colher de sopa de molho inglês
  • 1 dente de alho triturado
  • Pimenta-do-reino à gosto
  • Tomilho à gosto
  • Sal à gosto
  • Salsa picada ou desidratada à gosto

Modo de preparo:

Derreta a manteiga em uma panela, então acrescente os cogumelos, mexa e deixa fritar na manteiga por uns 2 minutos. Então acrescente todos os outros ingredientes (exceto a salsa) e deixe reduzir, deixe por pelo menos 10 minutos fervendo. Vá verificando o sal, acerte para tingir seu gosto. Se achar que o molho secou muito acrescente mais água para deixar na consistência desejada – sempre que por água deixa incorporar. Esse molho fica mais ralo e não tão grosso – se quiser uma consistência mais cremosa faça uma receita de roux e acrescente (para obter o roux é só derreter em uma panela 1 colher de manteiga, colocar uma colher de farinha de trigo e deixar cozinhar, mexendo sempre, por um minuto, e então acrescentar na receita). Prontinho! Finalize com a salsa e sirva com massas, carne ou com o que sua imaginação permitir!

Bon appétit!

Receita da tradicional Baguete Francesa!

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Baguette – le pain égalité! (O pão da igualdade) – Durante a Revolução Francesa, em 1793, um decreto tornou obrigatório que ricos e pobres tivessem acesso ao mesmo tipo de pão – foi então instituída a famosa baguete – o pão da igualdade, o que se deve a sua econômica produção (não usava leite, ingrediente que encarecia os produtos na época), entre outros aspectos. Hoje é um dos maiores símbolos do país, ir a França e não comer uma baguete é como amar a Madonna e nunca ter dublado Like a Prayer em casa sozinho (Acho que não foi a melhor comparação, mas foi o que me veio na cabeça no momento, sem referências autobiográficas – risos). Confira abaixo a receita da tradicional baguete francesa!

Antes algumas observações:

  • A escolha da farinha é sempre muito importante para conseguir um pão bom de verdade. A farinha orgânica é sua melhor opção, se não encontrá-la, use a farinha comum (conhecido como tipo 1) – nunca compre aquela denominada “especial”. E pense na marca de farinha que irá escolher, crie familiaridade com uma farinha, conheça sua produção, origem e qualidade, isso é importante e te trará comida de verdade, com resultados emocionantes.
  • Essa receita é muito mais adequada de fazer com uma batedeira com gancho – aqueles de “amassar massa”. Você pode tentar na mão, porém é uma massa muito úmida, e precisa ser mesmo, na mão fica difícil mas é possível. Só não se deixe levar e por mais farinha para facilitar, isso tornará a massa seca, e não úmida e incrível como uma baguette deve ser.
  • O glútem se forma magicamente mas pode ser destruído se você movimentar a massa mais que o preciso e na hora errada, por isso preste atenção nos tempos da receita.

Que seja emocionante fazer e comer. Siga em frente!

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Ingredientes (Para 3 baguetes médias):

  • 500g de farinha de trigo (talvez um pouco mais para atingir o ponto exato da massa). Preferência para farinha de trigo orgânica, se não achar, a comum, mas uma que confie e saiba que é boa.
  • 15g de fermento biológico fresco (um tablete daqueles mais comuns de se encontrar por aí).
  • 380 ml de água morna
  • 10g de sal
  • 3 a 4 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
  • Manteiga para untar um recipiente

Modo de preparo:

Dissolva o fermente em 4 colheres de sopa da água morna em uma tigela, esfarelando ele, após dissolver todo deixe descansar por 5 minutos.

Se tiver a batedeira que bata massa de pão, hora de pegá-la, se não, use suas mãos e um recipiente para misturar os ingredientes. Coloque a farinha de trigo no recipiente (caso esteja usando a batedeira, já coloque no recipiente dela) e misture com o sal. Em seguida abra um buraco no centro e acrescente o fermento, a água e o azeite.

Se estiver usando a batedeira é só começar a bater (com o gancho para massa) em velocidade baixa por 1 minuto, então desligue a batedeira um instante, passe uma espátula em volta do recipiente e misture para garantir que tudo incorpore, e volte a bater na velocidade 1. Após esse tempo, colocar na velocidade 2 e bater por mais 10 minutos, Após esse tempo verifique se a massa chegou ao ponto, que é o ponto de véu: Um ponto onde você estica a massa e ela fica quase transparente, mas sem rasgar – ou seja, muito elástica. Se ela não tiver atingido esse ponto, esfarinhe uma superfície, coloque a massa, esfarinhe um pouco a mão e trabalhe a massa até atingir o ponto de véu e adquirir essa elasticidade linda que queremos. Atenção: Não acrescente mais farinha para facilitar seu trabalho, a massa é mole e úmido e precisa manter assim, apenas esfarinhe sua mão e superfície para trabalhar a massa, sem por mais farinha na massa.

Se for usar suas mãos, siga os mesmos tempos, mas com suas mãos e energia: comece a mexer essa mistura ainda no recipiente e se preferir, comece com uma espátula, porque no inicio a massa pode grudar muito nas mãos – como eu disse, é uma massa bem úmida. Mexa lentamente por 1 minuto até tudo estar incorporado, depois continue menos lentamente por 5 minutos, e depois com mais energia (mas sem agressividade) trabalhe ela por 10 minutos. Faça isso até atingir o ponto de véu (descrito acima), quando atingir, pare de mexer.

Coloque essa massa linda e macia (passe os dedos e sinta a maciez) em um recipiente untado com manteiga, cubra-o com um pano úmido ou plástico e deixe em um lugar de temperatura amena por 1 hora e meia descansando.

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Depois de descansar, volte a massa para a superfície de trabalho (que deve estar enfarinhada) e amasse ela gentilmente só um pouquinho, cerca de 30 segundos (para essa parte não use batedeira, precisa ser toque gentil, humano). Nessa parte já divida a massa em três partes iguais e comece a formar as baguetes com cada uma das partes: pegue o pedaço da massa, vá rolando fazendo o formato de um cilindro, esticando gentilmente a massa do meio para as extremidades, então faça dobras na massa (pegando as pontas das extremidades, levando até o meio e depois rolando de novo, formando um novo cilindro – o formato das baguetes. Essa coisa de dobrar a massa e ir enrolando é importante para permitir uma maciez interessante e adesão de ar. Deixe-as do tamanho e cumprimento de sua preferência.

Coloque as baguetes na fôrma que irá assar (unte com manteiga e farinha de trigo se sua fôrma não for antiaderente). Se tiver fôrmas especiais para baguete, será perfeito. Cubra-as com um pano e deixe descansar por mais uns 40 minutos. Um pouco antes de terminar o tempo de descanso, já pré aqueça seu forno à 240 graus.

Após esse tempo de descanso faça os famosos cortes nas baguetes (de preferência com uma navalha ou faca bem afiada). Os cortes são a assinatura do padeiro, faça quantos quiser. Normalmente são transversais e a quantidade um número ímpar. Não os faça muito fundos, bem superficiais e singelos – ao assar eles aumentam. Após isso leve direto ao forno (eu gosto de polvilhar uma mistura de farinha de trigo com farinha de semolina por cima). Importantíssimo: No momento em que colocar as baguetes para assar, coloque uma fôrma ou outro recipiente com água dentro do forno, embaixo da grade onde as baguetes estarão – o vapor da água fará com que as baguetes adquiram aquela casquinha crocante deliciosa.

Asse à 240 graus por 15 minutos, depois abaixe para 220 graus e asse até ficarem douradas e lindas – um total de mais ou menos 40 minutos no forno.

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Prontinho! Aproveite essa delícia tão francesa e tão maravilhosa e bon appétit!

Gratidão de todas as sextas. Cozinhando as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de Paola Carosella. Receita 18/94: Biscotti. 

 

Sexta-feira, dia do projeto “Gratidão de todas as sextas” – Cozinhar todas as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de @paolacarosella (Esse projeto tem um porque, clique aqui e leia o post que publiquei dia 11/11/16, explico lá tudo com todo meu coração). Receita 18/94: Biscotti. Que coisa linda, crocante e amorosa. Chove tanto em São Paulo esses dias. Minha sobrinha de 6 anos está de férias aqui em casa. Ela adora me ajudar na cozinha. Queriamos algum biscoito para o café da tarde ao som da chuva, resolvi então contar pra ela a história de um biscoito, para que ela compreendesse que eles não nascem nas prateleiras do mercado, e que podemos fazê-los com nossas mãos. E fizemos. Segundo Ana, minha sobrinha, cortar as amêndoas do biscotti com muito cuidado e amor era muito importante. Assim fizemos. Ela olhava com algum tipo de olhar fascinado o ovo se misturando na farinha, virando massa. Ela gosta dessa parte, e de ter a mão dela no meio disso. Ana aprendeu que o biscoito é a união de muitas coisas, que vem de muitos lugares – das plantas, das galinhas, do trabalho de pessoas. Ana também aprendeu o que a mão dela pode criar, e também o tempo que as coisas às vezes levam – ao invés de em 10 minutos ir no mercado e comprar biscoito, levamos 2 horas cortando, amassando, moldando, assando, esperando. Ela achou bom esperar. Foi uma tarde lenta, e o biscotti ensinou muitas coisas pra Ana. Ela deve ter sentido gratidão, e hoje nós dois agradecemos Paola juntos – ainda com o gosto lindo do biscotti na boca (são durinhos, crocantes, com um tom de erva-doce que abraça a gente, que mágico). Com café é inspirador.

Gratidão de todas as sextas. Cozinhando as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de Paola Carosella. Receita 12/94: Pão Moro. Receita 13/94: Picles. Receita 14/94: Berinjelas na brasa. 

Sexta-feira, dia do projeto “Gratidão de todas as sextas” – Cozinhar todas as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de @paolacarosella (Esse projeto tem um porque, clique aqui e leia o post que publiquei dia 11/11/16, explico lá tudo com todo meu coração). Receita 12/94: Pão Moro. Receita 13/94: Picles. Receita 14/94: Berinjelas na brasa. Passou alguns minutos da meia noite mas emocionalmente ainda é sexta, está a tempo da postagem. Demorou porque eu acabei agora. Demorou porque foi a maior aventura até agora. Porque teve brasa, fogo selvagem real sendo domado para transformar a natureza em refeição. Eu não tenho ainda uma churrasqueira em casa, nem fogão a lenha, então eu fiz um fogo de chão, fogo artesanal com toda minha criatividade, paixão e coisas que eu encontrei no meu quintal para construir um local em que eu pudesse assar berinjelas (e cebolas, da próxima receita) na brasa real. A brasa do fogo acendeu algo em mim. O fogo é sensual, forte, intenso e poderoso. Cozinhar com fogo é introspectivo, é retornar à ancestralidade natural que nos compõe, é perdidamente lindo. E quanto ao picles que ficou 2 dias descansando para dar seu  melhor pra mim, eu sinto muita gratidão por isso. Sinto gratidão pelo que as cebolas viraram ao se tornar picles – pelo seu ácido, doce e força. O pão moro… (suspiros), com tanta magestade me ajudou a ficar mais feliz com tudo isso. Ele é fino, crocante, salgadinho, elegante, masgestoso. Berinjela na brasa, picles de cebola e pão moro – que explosão de vida esses sabores juntos tem. Eu mergulhei em algo intenso quando comi. Já acabou tudo, mas tem algo de hoje, algo quente da brasa e fresco do sabor, que ficará pra sempre em mim. Hoje eu só queria agradecer, pra caramba!

Gratidão de todas as sextas. Cozinhando as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de Paola Carosella. Receita 9/94: Massa para empanadas. Receita 10/94: Empanadas salteñas. Receita 11/94: Empanadas de humita.

Sexta-feira, dia do projeto “Gratidão de todas as sextas” – Cozinhar todas as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de @paolacarosella (Esse projeto tem um porque, clique aqui e leia o post que publiquei dia 11/11/16, explico lá tudo com todo meu coração). Receita 9/94: Massa para empanadas. Receita 10/94: Empanadas salteñas. Receita 11/94: Empanadas de humita. Essas três receitas foram muito especiais de fazer. As outras também foram, mas essas tiveram algo especial – um pouco porque a primeira vez que “comi” a arte de Paola foram essas empanadas. Um pouco pelo que ela fala no livro sobre a história dela com as empanadas, mais daquilo emocionante que cria lampejos e ativa umas coisas importantes na gente. Um pouco porque empanadas, seus recheios, formas, detalhes, contam histórias lindas da América Latina. Um pouco porque não tem como uma receita que vai milho-verde fresco e manjericão não ser perdidamente apaixonante (as empanadas humita estão por isso pra sempre no meu coração). Eu fiquei em casa a semana toda, tive tempo. Foi mais de um dia para fazer essas 3 receitas. Foi poético, sensível e empolgante ficar mais de um dia fazendo elas, pensando em todos os elementos que as envolvem. Que bom foi ter tempo, respeitar o tempo das coisas e pensar em como tenho me relacionado com ele, o tempo. Eu me senti em paz e calmo fazendo empanadas. Minha massa não ficou perfeita, mas ficou gostosa. Um dia acerto mais no que faltou acertar. Mas ficou bom. Eu fiquei feliz. Obrigado novamente Paola, pela receita, pelo gosto das empanadas e pela chance de pensar no tempo – que é o tecido de nossas vidas. Hoje eu só queria agradecer.

Receita de tortinhas de chocolate branco com uva passa!

 

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Uva passa – Essa coisinha preta toda gracinha tem lugar garantido em meu coração. Aqui uso ela para dar seu sabor acentuado ao recheio dessa tortinha simples mas que amo. É um doce bom de provar, é delicado e bonito – em uma única mordida você visita alguma coisa diferente bem bonita, dentro de você. Vale a pena.

Receita rende 12 tortinhas pequenas.

Como fazer:

Primeiro faça a massa para tortinhas doces – clique aqui e veja a receita. Faça a massa conforme instruções, asse, deixe esfriar, desenforme e reserve.

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Recheio:

 Você vai precisar de:

  • 300g de chocolate branco
  • 90g de creme de leite
  • 1 colher de chá de algum licor que você ame (gosto de usar de laranja nessa receita)
  • Cerca de 70g de uvas passas (ou o quanto você quiser, isso é à gosto)
  • Vinho do porto, o quanto bastar (ou algum outro vinho frutado) para hidratar as passas (opcional)

Preparo:

Coloque as uvas passas em um copo e acrescente o vinho, para que elas fiquem cobertas por ele. Deixe pelo menos 2 horas ali. Depois escorra o vinho e separe as passas.

Faça um ganache simples de chocolate branco (o ganache de chocolate branco usa um pouco menos de creme de leite na proporção que o de chocolate preto, porque ele tem mais gordura na composição).

Para preparar o ganache, coloque o chocolate picado em pedaços pequenos em um refratário. Aqueça o creme de leite, e instantes antes de ferver despeje ele no refratário onde está o chocolate. Espere 30 segundos e misture delicadamente, até o que o chocolate esteja todo derretido e incorporado. Acrescente o licor e misture. Espere esfriar completamente.

Daí, é montar as tortinhas, o que é bem simples: Divida o ganache entre as tortinhas (pode ser que sobre um pouco de ganache). Aí você coloca um pouco de passas em cada uma delas, depois leve para gelar por 1 hora no mínimo. Para confeitar use sua criatividade, eu fiz uma bolinha com pasta americana, cravei um confeito prata e peneirei leite em pó por cima!

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Bon appétit!

 

Como fazer tortinhas de chocolate com farofa de crocantes de caramelo!

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As comidas de natal. Poucas situações são tão mágicas na cozinha quanto véspera de natal. Acordamos cedo e ficamos o dia todo na cozinha rodeado de pessoas significativas, de histórias e afetos, preparando aqueles pratos lindos que contam de alguma forma a história da nossa família. Não podemos preparar qualquer coisa nessa data, é preciso que um prato ative a energia de um momento. Tortinhas costumam tirar sorrisos das pessoas no natal. Quem nunca esboçou um sorrisinho ao ver uma tortinha de chocolate? Quem não faz isso, bom sujeito não é. Aquelas coisas fofas, decoradas gentilmente, que a gente pega com a mão, leva até a boca e morde ainda sorrindo um pouco… Fazê-las é uma alegria e nos permite muita criatividade na decoração – Experimente decorar seu natal com tortinhas. E lembre-se: Jamais confie em alguém que não esboça um sorrisinho (mesmo que seja de Monalisa) ao ver uma tortinha de chocolate.

Vamos aos preparos:

Como fazer a massa das tortinhas:

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A primeira coisa que você precisa fazer é a massa das suas tortinhas. Eu já publiquei essa receita antes – a diferença é que na receita fiz uma torta grande e para essa você fará a massa e dividirá em forminhas pequenas de torta, ou se quiser fazer em grande também pode, sua alma é livre! Clique aqui e confira a receita da melhor massa de torta doce do mundo! 

Recheio de ganache de chocolate:

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Escolhi para hoje fazer um ganache de chocolate para rechear. Clique aqui e confira a receita do tradicional ganache de chocolate francês. 

Decoração:

Para decorar usei chantilly e uma farofinha maravilhosa de crocantes de caramelo! Clique aqui e veja como fazer essa farofinha, que eu também já ensinei! 

Estando com esses 4 itens prontos – a massa assada, o ganache, a farofinha de crocantes de caramelo e o chantilly, é só montar as tortinhas:

  1. Espere a massa esfriar e desenforme.
  2. Coloque primeiro o ganache (que deve estar já frio) nelas – não muito para não derramar.
  3. Coloque então o chantilly, decorando sua tortinha como preferir
  4. E para finalizar, polvilhe a farofinha de crocantes!

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Prontinho! Feliz Natal e bon appétit!