Como fazer, com verdade e afeto:
Chegue um dia cansado do trabalho, coloque uma música com violão pra tocar e pegue 2 abobrinhas orgânicas emocionantes e corte ao meio. Tire a poupa delas com uma colher e gentileza pra não quebrar nossa querida. Fica tipo barquinhas. Coloque elas já sem poupa numa fôrma, regue com azeite e tempere com sal e leve ao forno à 190 graus até ficarem macias. Reserve.
Numa panela coloque 2 colheres de manteiga e refogue meia cebola. Acrescente 400g de shimeji e refogue até ficar macio. Tempere com shoyu e sal (se precisar de sal). Deixe toda água secar. Ainda está ouvindo a música? É importante que esteja. Reserve. Cozinhe 6 colheres de sopa de quinoa na água fervente até ficar um macio crocante, escorra a água e junte a quinoa no shimeji. Leve ao fogo um tico só pros 2 ficarem amigos. Acerte o sal.
Recheie as abobrinhas com essa mistura, coloque por cima algum queijo curado (o mais incrível aqui é o de ovelha, mas pode ser parmesão, grana ou outro que você ame). Leve pro forno por 10 minutos. Tire. Está pronto.
Pegue a poupa das 2 abobrinhas que você tirou e coloque numa panela com 2 colheres de sopa de manteiga, sal e pimenta. Cozinhe até ficar muito mole. Bata num mixer ou no liquidificador, coloque 1 colher de chá de creme de leite. Será um creme deslumbrante e bom e leve – tudo precisa ser leve e gentil aqui, você precisa de leveza quando chega cansado em casa, às vezes. Ainda está ouvindo a música?
Sirva a abobrinha recheada com folhas de hortelã, com o creme, uma torrada e um ovo cozido por 6 minutos. Sente pra comer ouvindo ainda uma música calma com som de violão. Descanse do seu dia complexo na leveza desse prato. Agradeça alguma coisa, pode ser por existir abobrinhas. Fique em paz.