Pesto de espinafre

Pesto de espinafre – um formato mais suave da lendária pastinha verde que fica boa com tudo. Amo manjericão (que é o verdinho tradicional usado nessa receita) e seu perfume avassalador, mas acho que às vezes precisamos de coisas mais suaves e espinafre é um verdinho bom pra esse papel. E pastinhas com pãozinhos e queijos do lado são uma dica mara pra noite de natal ou para servir antes da refeição principal de uma festa, pra ter o que beliscar na espera pela ceia (inimigos do jejum).

Ingredientes:

  • Cerca de 1 maço de espinafre – você usará só as folhas, umas 90g delas (os talos você guarda pra usar em outras coisas, como refogados, arroz, sopas, etc – se você jogar fora você é besta).
  • 1/2 xícara de chá de queijo parmesão ralado (usei o da @queijosyema )
  • 1/2 xícara de chá de azeite extra virgem
  • 1/2 xícara de chá de avelãs ou nozes
  • 1 dente de alho
  • Sal e pimenta à gosto
  • Gotas de limão siciliano (opcional)

Modo de preparo:

Coloque tudo em um processador, mixer ou liquidificador e bata, até ter uma pasta linda. Repare na cor, é um verde que dá alegria de viver na gente, chega me arrepiar a cor que algumas coisas do mundo natural tem, vocês não? Guarde num pote fechado na geladeira.

Adoro usar em massas ou comer com pão, mas meu jeito favorito é com algum queijo fresco, é uma união linda.

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Salmão com azedinha (Saumon à l’oseille) – O prato da família Troisgros que é uma lenda da cozinha francesa.

Gosto de receitas práticas, mas também gosto de receitas elaboradas, que exigem processos, etapas e tempo. É um tipo de experiência diferente que me faz muito bem. O desafio de entender uma receita que tem uma história e técnica mais antiga do que todo o tempo que eu terei nesse mundo é algo que me comove, que me dá energia criativa e prazer. Acho que muitas vezes na minha vida fui pra cozinha pra desenvolver força e criatividade pra dar conta de coisas, e isso não vai mudar nunca. Nesse final de semana, depois de pesquisar 7 receitas, ver um documentário e ler muito, decidi tentar pela primeira vez esse prato, e não deu certo, fiquei frustrado e invocado tentando entender onde errei. Compartilhei então a experiência com uma amiga que entende a cozinha francesa com uma sensibilidade e maestria enorme. Ela então generosamente me explicou TUDO que eu precisava saber sobre esse prato, cada detalhe técnico e histórico. Com a receita e orientação dela refiz, e ficou lindo, emocionante, deu vontade de chorar, fiquei tão feliz. Foi uma das coisas mais gostosas e marcantes que já cozinhei na vida e devo isso à sensibilidade, conhecimento e generosidade da @leonay.melo , nunca vou me esquecer disso.

O Salmão com Azedinha é um prato emblemático francês, sua criação pela família Troisgros fez parte de uma revolução que construiu o que hoje chamamos de alta gastronomia, a “nouvelle cuisine”. Na época de sua criação, em meados dos anos 60, na França reinava o hábito de cozinhar demais as coisas, e os irmãos Pierre e Jean Troisgros, após experiências pessoais em viagens, criaram em seu restaurante essa receita onde o salmão era servido mal passado – conservando uma umidade e maciez profunda. Como tudo que quebra costumes, eles tiveram muita rejeição e muitos pratos devolvidos pelos clientes, até que a alma do que eles estavam fazendo fosse devidamente reconhecida e aplaudida. Isso foi um dos atos que revolucionou o modo como alguns ingredientes, pontos de cozimento e outras coisas são tratadas até hoje na gastronomia mundial. O prato é aclamado até hoje, nomeado patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco. As paredes, tetos e bancos da estação de trem de Roanne na França são dominados pela cor salmão e verde, em homenagem ao prato que lá se originou.

A história da gastronomia na família Troisgros começou com Jean Baptiste, pai dos irmãos Pierre e Jean – que herdaram o restaurante do pai. Pierre foi o criador do Salmão com Azedinha. Ele na cozinha e o irmão Jean nos vinhos, elevaram o restaurante da família à 3 estrelas Michelin. Após a morte de Jean e aposentadoria de Pierre foi Michel Troisgros (filho de Pierre) que passou a cuidar do restaurante, junto de seu filho, César – que é a quarta geração na gastronomia da família Troisgros. Hoje o restaurante cuidado pelos dois é em Ouches, cidade do interior à 10km de Roanne. O irmão de Michel Troisgros, Claude Troisgross, vive no Brasil e é o popular chef que apresenta um programa de culinária no GNT.

Na Netflix, na série “Chef’s Table França” tem um episódio que conta a vida e obra do Michel Troisgros e sua família, vale a pena ver antes de fazer esse prato 🙂

Vamos então à receita, que devo com muito carinho à minha amiga @lenay.melo:

Antes duas coisas:

  1. Você pode fazer essa receita sem o fumet de peixe, mas pra mim ele faz MUITA diferença na alma do prato, então eu sugiro muito que você faça se puder, sua experiência será outra. E é bom de vez em quando ter um pouco mais de trabalho e se propor na aventura que é uma receita completa assim, a recompensa é linda. Abaixo explico como fazer o fumet (que também aprendi com a @leonay.melo )
  2. O Vermouth branco seco que uso na receita é um francês chamado “Noilly Prat”. Você pode usar qual vermouth encontrar e for possível à você. Mas se puder, use esse, é uma bebida também emblemática que enriqueceu imensamente a experiência do prato. É muito usada em pratos feitos com peixe devido sua composição que engrandece o gosto de mar. Custa cerca de R$100,00 a garrafa dela com 750ml aqui no Brasil.
Vermouth francês Noilly Prat

Fumet de peixe (caso vá usar):

Pique 1 cebola e 1 chalota (aquela cebolinha pequena, se não tiver faça só com a cebola) e corte 1 cenoura média em lâminas. Faça 1 bouquet garni (você junta e amarra com um barbante algumas ervas aromáticas, as mais comuns são: salsa, tomilho, louro e a parte verde do alho-poró). Em uma panela com fios de azeite coloque a cebola, a cenoura, um pouco de pimenta em grãos e o bouquet garni e refogue em fogo baixo até a cebola ficar transparente (não deixe dourar, não queremos cor no fumet). Pegue cerca de 1kg de carcaça de peixe (cabeça, rabo, barbatanas,dorsal, etc), dê uma batidas pra liberar sabor e coloque na panela. Refogue 1 minuto. Fogo sempre baixo. Coloque água até cobrir (cerca de 1 litro) e 100 ml de vinho branco. Deixe cozinhar por 20 minutos sem deixar ferver, no fogo mais baixo que puder. Durante o cozimento tire a espuma que sobe, são impurezas, assim você garante a nobreza do seu fumet. Coe sem apertar a colher. Conserve na geladeira por 3 dias ou congelado por 5 meses.

Salmão com azedinha (Saumon à l’oseille)

Ingredientes:

  • 4 Filés (escalopes) de salmão, que tenha entre 1,5 / 2 cm de altura.
  • 35g de cebola roxa ou chalota
  • 62g de manteiga
  • 100 ml de vinho branco (melhor se for sauvignon blanc)
  • 100g de creme de leite fresco
  • 50 ml de fumet de peixe (caso você vá usar)
  • 15 ml de vermouth branco seco (usei o francês “Noilly Prat”, mas como expliquei acima você pode usar qual puder, porém ele faz diferença)
  • Gotas de limão siciliano – cerca de 1/2 limão
  • Folhas de azedinha (cerca de 2 ou 3 punhados) – sem a nervura central/talo delas, apenas as folhas (para tal dobre as folhas ao meio no sentido do comprimento e puxe o caule de uma ponta a outra, ele sai e a folha fica, partida em 2 partes).
  • Sal
  • Pimenta moída na hora (melhor se for a branca, mas pode ser a preta)

Modo de preparo:

Pique a cebola finamente, beeeem fina mesmo, o máximo que puder. Isso é importante e faz muita diferença na delicadeza do molho. Coloque elas em uma panela, junte o vinho, o vermouth e o fumet de peixe. Deixe reduzir até quase secar completamente e ficar em uma consistência meio melosa.

Coloque o creme de leite e deixe reduzir um pouco (não muito) para que fique cremoso. Adicione as folhas de azedinha, espere 20 segundos e desligue o fogo. Incorpore gentilmente a manteiga, girando a panela. Adicione gotas de limão e tempere com sal e pimenta.

Tempere o salmão com sal. Deixe uma frigideira bem quente e coloque os filés, deixando de 10 à 15 segundos no máximo de cada lado – precisamos preservar o centro mal passado.

Observe o ponto. Centro ainda laranja escuro.

Para servir e garantir a experiência linda com esse prato, é importante fazer assim: Aqueça o prato que irá servir (deixando um pouco no forno quente ou com água quente). Disponha o molho quente no prato e coloque o filé de salmão imediatamente assim que tirar da frigideira. Depois que você coloca o molho no prato o salmão precisa ser posto no máximo em 8 segundos, e depois que empratar tudo precisa ser servido em uns 12 segundos. Cada segundo que passa vai alterando consistência e ponto, e pra você se emocionar de verdade comendo, é bom respeitar isso.

É isso. Espero que faça e sinta a emoção desse prato icônico. Se errar uma vez, faça de novo. Vale a pena insistir em algumas coisas nessa vida.

Bon appétit!

Obrigado profundamente minha amiga @leonay.melo pelo presente lindo que foi aprender esse prato com toda delicadeza, história e marca que ele é.

Tomaticán – caldo de tomates, queijo e pão.

Tomaticán – um caldo profundo, lindo e bom de tomates com migalhas de pão e queijo. Aprendi a fazer no projeto onde cozinhei todas as receitas do livro “Todas as sextas”, da Paola Carosella – Clique aqui e veja tudo sobre isso. Desde então esse prato é o destino mais bonito que consigo pensar para tomates bem maduros, trabalhados pelo tempo. Depois de fazer muitas vezes, acabou que hoje faço de um modo um pouco diferente da receita original. É basicamente assim:

Aqueço uma panela e coloco azeite, junto cebola picada e refogo ela só um instante e junto alho (fresco cortado em lâminas), deixo refogar – mas sem dourar (se doura muda o sabor e esses detalhes importam). Junto então os tomates, picados, e tempero com: sal, pimenta (preta, caiena, ou dedo de moça), páprica doce e defumada (muita, uma orgia de pápricas) e cominho em pó. Cozinho na panela tampada até o tomate se desfazer e virar um purê com pedaços. Ajusto com água se precisar pra que seja de fato um caldo e junto migalhas de pão amanhecido. Deixo tudo cozinhar uns minutos para que o pão seja parte do caldo e desligo a panela, então coloco pedaços de algum queijo fresco (pode ser mozzarella de búfala, também fica ótimo com queijo minas). Finalizo com coentro ou manjericão fresco, e fios de algum azeite bem perfumado.

É isso. Parece pouco mas é tanto, mais do que a gente imagina. Eu e o @wallitostes decidimos que esse prato é a coisa feita de tomates que mais nos emociona. Ficamos muito felizes quando a noite é feita de Tomaticán.

Mac n’ Cheese (Macarrão com queijo)

Aquela cremosidade que chega ser obscena de tão boa. Um macarrão desses com queijo em um dia frio traz uma sensação fantástica de aconchego, sei nem te falar. Faz e me conta.

Abaixo a receita, mas no IGTV do meu Instagram @rodrigo.vilasboas tem um video com todo passo a passo. Clica aqui pra conferir, e se assistir o video: Acredite na minha dica de que mexer a panela com Tina Turner ajuda no resultado – porque se não for pra se divertir, você vai pra cozinha pra que?

Ingredientes:

  • 200g de macarrão
  • 4 colheres de sopa bem cheias de cheddar cremoso
  • 1 xícara de chá não tão cheia de parmesão ralado (melhor se for aqueles menos secos)
  • 5 colheres de sopa de creme de leite
  • Pimenta-do-reino à gosto

Coloque mais queijo se quiser, e você pode substituir os queijos, legal ter sempre 2 tipos. Mas eu AMO fazer com cheddar, o babado é outro.

Modo de preparo:

Ferva água para cozinhar o macarrão, coloque um pouco de sal nela. Quando estiver fervendo coloque o macarrão e cozinhe até ficar no ponto que você goste. Escorra o macarrão e reserve 1 xícara da água do cozimento (irá ajudar no molho). Em uma panela ou frigideira grande o suficiente para receber todo o macarrão, coloque o cheddar e leve ao fogo médio, junte o outro queijo e o creme de leite, e misture bem para tudo virar uma mistura cremosa e homogênea. Coloque pimenta-do-reino à gosto. Junte o macarrão e metade daquela xícara com a água do cozimento. E comece a misturar tudo, mantendo agora o fogo baixo – para atingir a cremosidade que deseja, coloque mais creme de leite, água do cozimento ou queijo – vá sentindo se precisa de mais até ficar com cremosidade suficiente. Acerte o sal. Prontinho, sirva na hora!

Nhoque de batata-doce com molho de tomate e calabresa!

Uma receita simples, acessível e boa de verdade que vem com um lembrete: Qualquer experiência na cozinha pode ser uma experiência emocional, contanto que você enxergue assim. Aproveitem a receita (que nasceu do meu almoço simples, despretensioso e cheio de marca boa). Se divirtam fazendo!

Abaixo receita escrita, mas no Youtube tem também um video dela, segue:

No IGTV do meu Instagram @rodrigo.vilasboas tem também o video completo, clique aqui e veja lá!

A receita da massa desse nhoque ensinei já em outro post, link abaixo para receita da massa e aqui, na sequencia, receita do molho!

Para ver a receita escrita completa da massa do nhoque de batata-doce, só clicar aqui.

Como fazer o molho de tomate com calabresa:

Ingredientes (para 4 porções):

  • Azeite de oliva extra virgem à gosto
  • 1 calabresa grande picada em cubos bem pequenos
  • Meia cebola média picada
  • 3 dentes de alho picados
  • Páprica defumada à gosto
  • Pimenta-do-reino à gosto
  • Sal à gosto
  • 6 tomates maduros picados ou 400ml de molho de tomate (orgânicos são sempre mais emocionantes).

Preparo do molho:

Aqueça uma panela grande e coloque fios de azeite. Acrescente a calabresa e doure um pouco, coloque a cebola, o alho e os temperos e misture. Em seguida coloque os tomates picados ou molho, deixar apurar um pouco e coloque um pouco de água e deixe apurar mais. Confira o sal e a consistência – acrescente mais água se quiser mais liquido ou deixe ferver e secar mais se quiser mais grosso.

Cozinhe o nhoque e acrescente na panela do molho bem quente, misture para tudo incorporar e sirva em seguida.

Fondue de queijo fácil!

Faça em casa esse clássico de inverno e sinta a magia estonteante desse preparo cremoso, é um envolvimento diferente que eu ensino à vocês. Muito mais interessante é fazer ele em casa que comprar pronto, e é mega simples e sai mais barato – se a gente soubesse o tanto de coisa pronta que a gente compra sem necessidade de comprar… ai ai.

Ingredientes:

  • Cerca de 400g de queijos, ralados grossos (podem ser quais queijos você quiser, eu costumo usar 200g de gouda, 100g de gruyère e 100g de estepe)
  • 1 dente de alho cortado ao meio
  • Meia xícara de chá de vinho branco
  • Meio shot de cachaça
  • Meia colher de sopa de amido de milho
  • 4 colheres de sopa de creme de leite
  • Noz-moscada e pimenta-do-reino à gosto

Modo de preparo:

Numa panela (pode ser na própria do fondue) esfregue as metades do dente de alho e coloque o vinho branco. Leve ao fogo (sempre baixo), quando levantar fervura vá colocando o queijo aos poucos e mexendo bem, de preferência com um fouet, até derreter e formar um creme liso. Dissolva o amido de milho na cachaça e junte na mistura, incorpore bem. Acrescente o creme de leite e misture mais uns 2 minutos. Tempere com a noz-moscada e a pimenta. Tire do fogo e leve para seu aparelho de fondue. Sirva imediatamente com aquele pãozinho italiano apaixonante.

Massa com molho de queijo e manteiga!

Massa com queijo e manteiga é uma das coisas mais reconfortantes dos cosmos. É muito fácil de fazer e a definição mais legítima de comida que conforta pra mim. É um prato que te abraço, juro. Se um dia precisar fazer um carinho bom em si mesmo, faça uma massa com molho de queijo e manteiga. Esse molho é uma versão próxima do que chamam de “molho alfredo”.

Ingredientes (para umas 2 ou 3 porções):

  • 1 Receita de nhoque ou cerca de 300g de qualquer massa que queira usar (se quiser ver algumas receitas de massas, como nhoque ou massa fresca para macarrão, clique aqui)
  • 3 colheres de sopa de manteiga e mais, se precisar.
  • 3 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
  • Salsinha ou sálvia fresca picada à gosto
  • 1 concha de água do cozimento da massa
  • Um punhado de queijo ralado (parmesão fresco, canastra, qual quiser)
  • Sal e pimenta-do-reino à gosto

Modo de preparo:

Coloque a manteiga na frigideira com o azeite, espero derreter e junte a erva fresca e misture, quando derreter, borbulhar e um perfume subir coloque 1 concha da água do cozimento da massa e misture, pra virar um caldo grosso amoroso muito amanteigado. Daí nessa frigideira ainda acesa mas em fogo mais gentil e baixo coloque as 300g de alguma massa (eu fiz com nhoque) e também um punhado de algum queijo lindo ralado. Misture. Sal e pimenta. Se achar que precisa de mais manteiga coloque – porque ela nunca será demais. Pronto. Gostoso, reconfortante, cheiroso, simples e traz alegria sincera – tudo que você espera de um crush, tem na massa com manteiga e queijo.

Como fazer Currywurst – prato alemão símbolo da comida de rua de Berlim!

O Currywurst basicamente é salsicha com uma espécie de ketchup com curry, simples mas absolutamente delicioso! É comumente servido com batata frita ou pão. O prato alemão nasceu após a segunda guerra mundial – em um cenário destruído e precário na Alemanha pós-guerra. Esse prato que era um opção barata e saborosa de refeição se tornou extremamente popular, e assim é até hoje. O curry foi acrescentado no ketchup por influência dos soldados ingleses que ocupavam a Alemanha no fim da guerra – os mesmos ingleses que criaram o curry sob influência da colonização na Índia – como tem história de tanta coisa num prato né? A comida conta a história do mundo! Veja abaixo o preparo tradicional de currywurst e seja feliz!

Ingredientes (para 2 porções):

  • 4 Salsichas do tipo Frankfurt ou Viena (ou a que achar, mas preze por uma de qualidade que faz diferença, amo as que são 100% carne suína)
  • 1 xícara de chá de extrato, polpa ou molho bem groso de tomate
  • 1 tomate bem maduro picado
  • 1 dente de alho picado
  • 1 colher e meia de chá de curry
  • 1 colher de sopa de molho inglês
  • 1 colher e meia de sopa de mel
  • 1 pitada de alguma pimenta em pó (gosto da caiena)
  • Meia colher de chá de canela em pó
  • Azeite de oliva à gosto
  • Sal à gosto

Modo de preparo:

Em uma frigideira (melhor antiaderente) coloque fios de azeite e doure as salsichas, de todos os lados. Reserve.

Na mesma frigideira doure o alho, em seguida acrescente o tomate e refogue ele um pouco, por uns 3 minutos. Então acrescente a xícara de molho de tomate, o molho inglês, o mel, a pimenta, a canela, o sal e o curry. Uma coisa importante desse molho é provar – alguns temperos e ingredientes variam de força e acidez, então prove e sinta no seu paladar, se sentir que está muito ácido e falta doce coloque mais mel, se sentir que falta acidez coloque mais molho inglês, se sentir pouca força mais curry – o curry precisa ser bem presente.

Misture tudo e deixe ferver por uns 3 minutos, então desligue.

Corte as salsihas (normalmente 2 por porção, mas fique a vontade para seu gosto e fome) e cubra com uma generosidade de molho. Finalize salpicando um pouco mais de curry por cima se quiser. Fica maravilhoso servido com batata frita. Seja feliz comendo!

Receita de sopa de ervilha!

Essa sopa de ervilha eu fiz ontem – ela me deu de presente uma sexta-feira quente, boa, aconchegante e carinhosa, com sabor e afeto, e eu só precisei de 30 minutos pra fazer ela. Sempre faço ela quando estou cansado ou com pouco tempo em um dia frio. Juro que é boa e quero te contar a receita:

Ingredientes:

  • 300g de ervilha seca (aquelas que vendem em grãos sequinhos tipo lentilha)
  • Meia cebola média picada
  • 2 dentes de alho esmagados
  • Sal e pimenta à gosto
  • Azeite de oliva
  • 1 linguiça calabresa cortada em pedaços

Modo de preparo:

Coloque a ervilha na panela de pressão e coloque água (uma quantidade de 3 dedos acima do nível dos grãos). Leve ao fogo e cozinhe na pressão por 10 minutos. Abra e veja como está. Os grãos precisam estar bem mole, desmanchando e se desfazendo facilmente na água do cozimento. Se estiver assim reserve, se achar que ainda está duro cozinhe mais. Em uma outra panela refogue a cebola no azeite e depois acrescente o alho, deixe ele fritar. Acrescente a calabresa cortada e misture ela em tudo. Na sequência coloque a ervilha cozida junto com todo seu caldo. Misture, tempere com sal e pimenta. Deixe tudo ferver para os sabores se encontrarem muito bem, em uns 8/10 minutos isso acontece. Se achar muito grossa acrescente mais água (e deixe ferver mais, claro), se achar muito liquida deixe secar mais no fogo. Pronto. Essa sopa é realmente um abraço bom para um dia frio.

História e receita do lendário molho hollandaise

O molho hollandaise consiste em uma emulsão de manteiga e gema, com um toque cítrico. Apesar da base gordurosa, tem uma textura que transmite uma leveza impressionante. É hoje um dos 5 molhos mãe da gastronomia francesa (junto do béchamel, espanhol, velouté e de tomate), é usado para cobrir com majestade muitos preparos – com aspargos ou ovo poché é de matar de bom. O molho hollandaise, apesar do nome, é absolutamente francês, seu primeiro registro escrito data de 1651 na obra “Le Cuisinier françois”, do francês François Pierre La Varenne – nome famoso na gastronomia francesa por ter “tirado os molhos da idade média”, como costumam dizer, trazendo novas técnicas que foram glorificadas e perduram até hoje. O molho hollandaise também é conhecido como molho Isigny, nome que homenageia Isigny-sur-Mer, cidade na Normandia famosa por sua manteiga.

Essa foi a primeira menção escrita, na obra de La Varenne sobre a receita do que hoje conhecemos como molho hollandaise:

“Faire une sauce avec du bon beurre frais, un peu de vinaigre, du sel et de la muscade, et un jaune d’oeuf pour lier la sauce, attention à ne pas cailler” (Faça um molho com um pouco de manteiga fresca, um pouco de vinagre, sal e noz-moscada, e uma gema de ovo para amarrar o molho; tome cuidado para não coagular).

Agora que sabemos um pouco da história vamos a receita – porque saber a conexão histórica torna tudo mais emocionante e com sentido. Aprendi essa receita com Rachel Khoo, a britânica com uma das melhores cozinhas francesas que já provei!

Ingredientes:

  • 3 gemas
  • 200g de manteiga derretida ou clarificada, ainda morna (eu faço sem clarificar, só derreto)
  • suco de meio limão
  • sal à gosto
  • pimenta-do-reino à gosto

Modo de preparo:

Coloque um refratário em banho-maria (um banho-maria sutil, sem fogo muito alto). Coloque então as gemas e a partir do momento que as colocar bata com um fouet sem parar (sem parar mesmo) e vá acrescentando a manteiga aos poucos, batendo a cada gota que coloca para a emulsão ir acontecendo sem talhar. Bata muito até ter incorporado toda manteiga e ter um molho com a consistência de um creme espesso.

Tire do fogo, acrescente o limão e tempere com sal e pimenta. Se quiser mais cítrico coloque o caldo de um limão inteiro ao invés de meio.

Sirva imediatamente, se esfriar esquente um tiquinho no banho-maria batendo bem, esse molho é bom morno e fresco.