Sexta-feira, dia do projeto “Gratidão de todas as sextas” – Cozinhar todas as 94 receitas do livro “Todas as sextas”, de @paolacarosella (Esse projeto tem um porque, clique aqui e leia o post que publiquei dia 11/11/16, explico lá tudo com todo meu coração). Receita 68/94: Coniglio a cacciatora in bianco con tagliatelle. Receita 69/94: Caldo de frango. Receita 70/94: Massa Alfredo. Cozinhar coelho é uma experiência muito delicada pra mim. Não sei exatamente porque, mas é. Me preocupo muito que ele fique bonito – cortes bonitos bem feitos, cor bonita, textura certa. Sabe quando um prato que te servem prende seu olhar e você nunca mais esquece a imagem dele? Então, é isso que acho que o coelho deve ser. O alecrim tempera esse coelho e isso concede uma emoção diferente pra ele. É uma emoção que vale a pena sentir na vida. A massa alfredo tem manteiga, queijo lindo e sálvia – uma massa assim faz a gente se sentir seguro quando come, é bom. Eu tinha um caldo de frango guardado que fiz outro dia, foi especial usar ele na receita do coelho, porque ele também é delicado e contém uma lição profunda sobre o tempo. É um caldo feito com tempo e verdade. As azeitonas tem caroços – e isso é muito simbólico, como Paola diz: “não sei em que momento da vida nos transformamos nesses seres tão chatos que queremos azeitonas sem caroço, peixe sem espinhas e todas carnes macias”. Entendem o que isso significa? Espero que entendam. Estamos esquecendo como as coisas de verdade e reais são. Obrigado Paola, por mais esse lembrete tão sério. Dia de gratidão.